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Antropologia Teatral, estou ficando neurado com essa disciplina, Eugenio Barba, Richard Schechner entre outros grandes nomes da área, a disciplina consiste em trabalhos de pesquisa, querendo ou não, falarei sobre o Pagador de promessas, esse ser que por devoção e fé vai as romarias ou não para agradecer a algum Santo ou alcançar alguma graça (milagre). para isso estudarei Richard Schechner e seu "estudos da performance", texto do qual não sem tem quase nada em português- por que matei as aulas de inglês?- a não ser uma tradução que nem sei de quem é, mas que foi cedido pela professora da disciplina Karine Jansen. Estudar, pesquisar e mãos a obra.

Espera que eu volto.

Logo estarei postando novamente sobre os meus aprendizados teatrais.

22 de junho de 09, 16ª e última aula.

Continuamos a questionar as apresentações da aula passada que ficaram pendentes.
Falamos da Luana que em cena não mostra vigor e não tem foco, ela por sua vez diz que algumas pessoas a intimidam por serem talentosas e por isso ela freia. Uma série de questões foram levantadas sobre o curso é uma frase que me chamou atenção dita pela Cleice foi "para acionar algo no outro preciso primeiro aprender acionar em mim", tudo isso se referindo a Luana.
Wlad concorda que Luana não tem vigor em cena e que não consegue diferenciar o corpo dela fora e dentro de cena, sempre é o mesmo.
A cena do Ícaro gerou controvérsias, teatro ou dança? Algumas pessoas brincaram dizendo que se fosse em uma sala de dança as pessoas também estranhariam e falariam que não era dança e sim teatro. A cena teve um bailar, não tinha texto, mas o teatro também pode ser assim " energize seu corpo para colorir a cena" uma fala de Wlad lembrada por Tais,. Ícaro disse que passou por cima dessa ideia de teatro ou dança, ele apenas abstraiu os movimentos e fez a colagem em cima de uma música, algumas pessoas não entenderam, mas essa foi a proposta dele, cada um fizesse a sua própria versão do que entendeu sobre o trabalho.
Taís teve seu trabalho questionado por ser sempre infantil em seus trabalhos, ela poderia ter ousado mais, expandido mais. Ela explicou que a criança era a criatura dela e por isso a infantilidade em sua cena, e que usou o que ela tinha, fez a colagem em cima dos seus elementos de trabalhos e que jamais colocaria algo que não tivesse em mãos.
Taynah foi alertada por Wlad que as ideias que tem são boas mas a atuação é péssima e que ela tem que qualificar o trabalho, Ana e Ícaro lembraram que Thayna traz desde muito tempo a insegurança para a cena (eles a conhecem a muito tempo e já fizeram teatro juntos antes) e o mesmo corpo curvado que também foi lembrado por Kauan que a dirigiu nos primeiros trabalhos da disciplina.

na segunda parte da aula Wlad pediu que criacemos um texto resumindo nossa opinião sobre ela, a disciplina e a turma ( nos incluindo nela)

Esses foram meus textos:
A professora: Antes de conhecer a metodologia de ensino da Wlad, confesso que tinha medo de ter que ficar pelado, ela tem essa fama de fazer os alunos/interpretes com quem trabalha tirarem as roupas ( não é nada disso). Wlad as vezes é cruel nas suas palavras, pelo menos foi comigo, mas o que ela me disse fez despertar em mim a vontade de crescer mais ainda teatralmente, a forma como ela instiga as pessoas(atores) a saírem da sua zona de conforto e colocarem a sua cara a tapa e sensacional, não acrescentaria nem diminuiria nada em sua forma de trabalhar

A disciplina: Trajetórias do ser me deixa com uma bagagem nova, as pessoas do curso foram se conhecendo através da disciplina. Muitas histórias e talentos múltiplos, espero ter absorvido um pouco de cada um, espero não, sei que absorvi pois senti uma mudança considerável na minha forma de ver e pensar sobre as pessoas e as diferenças que cada uma traz em sua bagagem primeira, tudo muito importante para a formação de um futuro formador de opinião.

Turma: Não sei como posso falar da turma e me encaixar nela? Só sei que já me sinto inserido mesmo achando que uns ainda não me toleram. Para falar a verdade me sinto exposto demais e tenho medo de quem muito me percebe, me deixam assustado e com a sensação de que não estão gostando do que estão conhecendo.




Durante os três dias de apresentações também tínhamos plateia, vejam o que acontecia no intervalo de uma cena para a outra:
















A disciplina acabou, mas pretendo continuar o diário, prática perdida por mim a muito tempo e já que recuperei agora pretendo não mais parar, agora tenho algo que vai me servir como base para iniciar trabalhos futuros.

15 de junho de 09, 15ª aula (terceiro dia de apresentações)

A primeira a apresentar foi a Anne, ela trouxe a mesma alma capturada do Carlos, mas tinha uma visão diferente, o cenário lembrava um bar, uma "riponga" falando das "neuras" e de como ela era drogada quando o sonho ainda não havia acabado.



A cena era boa, mas o cometário no fim todos concordaram que ela estendeu mais que o necessário e acabou sendo repetitivo, mas eu gostei.
Abaixo alguns fragmentos em vídeos da cena da Anne :






Antes da aula Daisy veio falar comigo, para pedir apoio durante a sua cena, ficaria no som, ela usaria uma música e faria uma dança indígena ( não sei bem se era isso) ela estava toda vestida de índia com penas coloridas por todo corpo, me disse que na hora em que ela abrisse os braços era para eu pausar a música, no meio de sua dança Daisy abre os braços e então eu paro a música como o combinado, mas Daisy continua dançando, achei estranho e depois que ela termina descubro que pausei a música na hora errada e fiz Daisy perder mais de cinco minutos de sua cena, ela disse que não continuou a dançar sem a música por achar que não tinha a ver e cortou a cena.
Na segunda parte da aula, os cometarios, uns afirmaram que era para ela ter parada e avisado afinal estamos na escola e podemos fazer isso. Wlad comentou da forma que Daisy conta historias e que existem técnicas para isso e que Daisy não a domina, mandou Daisy ir estudar teatro de animação.

Alyne nos apresentou um caçador de dinossauros, seu figurino masculino, o cabelo penteado para traz, tudo ajudou para a cena da Alyne ser da forma que foi, Linda. A musica que Alyne trouxe foi tocada para todos ouvirem enquanto ela "escutava" em fones grandes, uma sacada de mestre. Ela perdeu a voz durante a cena, falava baixinho em alguns momentos, mas encerrou sua apresentação dançando a coreografia lindamente


A Crissie apresentou uma cena sem falas, ela inicia com uma roupa de bailarina e com uma garrafa de cachaça nas mãos, fez um murinho com o tatâme, onde ela trocava de roupas, isso várias e demoradas vezes, mas foi um trabalho que surpreendeu a todos, Crissie estava diferente em cena, concerteza uma evolução e tanto.




Dayene, ela começou com mulher que pensa que o marido timha morrido em um acidente de carro ( história do Kauan), com um elemento novo, uma mascara que estava no rosto dela desde o começo da aula, achei até estranho, Dayene continua sua cena e a troca de personagem acontece da mesma forma que a do Allison, atraz dos panos, cortinas, panadas. quando ela volta fiquei até assustado Dayene traz um outro corpo um conjunto de elementos bem marcados, e uma maquiagem no rosto, por isso a mascara desde o começo da aula, não queria mostra a maquiagem. Ela aparece soltando uns gritos, dando umas risadas diabólicas, achei que ela ia dizer : Eu sou o Enoque BUUUUU. Devido ao nosso último trabalho, onde eu a dirigi, mas acabou dizendo que era a matinta e fiquei mais aliviado.

No fim descobrimos que Dayene não tinha criado aquele personagem para a disciplina, ela já tinha o personagem a mais de quatro anos, mas achei valido pelo menos sabemos agora que ela consegue criar algo que possa surpreender e que as dificuldades delas já não são desculpas para nada.



Ivanilde
A visão de um cenografo para a cena pode fazê-la crescer absurdamente, Ivanilde entra com um chapéu encostado na barriga símbolo para um gravidez e depois o usa para dar vida a uma mulher sedutora, as cenas da Ivanilde tem sempre algo novo a iluminação sempre e diferente, pois todos acabam usando a mesmo foco de luz que já está ali pronto para ser usado, Ivanilde traz sua própria luz

Taynah entra com um vestido colorido oferecendo um cigarro para um personagem que não aparece, tem um troca de personagem que acontece no escuro, Thayna nos mostra um pintor no momento de sua criação. Alguns elementos cênicos são esquecidos em cena e outros nem são tocados, estão lá sem um propósito.


Ícaro nos pede para mudar a posição e todos caminham para um outro canto da sala, ele mostra uma cena que mais parece dança do que teatro, sua cena tens um sons de Navios como trilha musical e ele segue esses sons abrindo e fechando a boca, em um único momento vi elementos que ele havia mostrado em sala, o felino aparece em um momento e some rapidamente. Um foco de luz e a performance de Ícaro, era essa a minha visão da cena que por sinal era muito boa.

08 de junho de 09, 14ª aula ( segundo dia de apresentações)

Cheguei atrasado por conta da monitoria e que a Wlad me perdoe!
Quando entrei na sala Luciano e Marco Antônio já haviam apresentados suas cenas respectivamente.



Algumas fotos das cenas deles:


-Luciano









-Marco Antônio











Então, na segunda parte da aula depois de todas as cenas apresentadas há uma parte da qual eu não gosto muito mas que é preciso que tenha, e isso até eu concordo, onde todos dão sua opinião sobre todas as cenas foi onde eu fiquei sabendo do que se tratava as cenas, Luciano em sua cena usou um recurso de áudio, sabe o listão de resultados de vestibular dados por um locutor de radio? Pois é, era isso. A cena do Luciano contava a historia da Taynah quando ela passou no vestibular, claro editada por Luciano por conta da Bricolagem, tinha um pai muito severo que esperava ansioso o resultado no radio e sei que no fim de tudo não era mais uma menina que passava no vestibular e sim um menino que acabava não cursando o tal curso e acabava virando um travesti no futuro.
Marco Antônio, conversei com ele depois, me disse que sua alma capturada era de um idoso por isso as costas curvas representando o cansaço, sua criatura era um trovador e que seu figurino retratava esse tal personagem, a musica era de Edith Piaf e as velas e o olhar triste eram símbolos para a historia da Cleice que era o velório de seu avô, mas com uma pequena edição do Marco o tal personagem matava a avó. A turma falou que marco deveria ter explorado mais seus trabalhos pois sua cena foi curta e que ele tinha elementos para isso.

Jaque estava preparando a sua cena quando entrei em sala, ela iniciou vestida em um paletó e em seguida descobre-se ser o lula, apos isso Jaque vira uma super mulher dirigindo um suposto carro feito com cadeiras e muda para uma criança que chora porque o irmão matou o seu gato depois Jaque nós mostra uma adolescente preparando-se para sair com alguns amigos para um igarapé e por ultimo uma criança de uns quatro cinco anos de idade que brincava com uns bonecos. Na hora em que Jaque apresenta a personagem da criança que chora a morte do gato senti vontade de rir já que Jaque é uma atriz que sempre apresentou trabalhos cômicos achei que fosse comedia, mas Wlad resalta no fim da aula que Jaque brinca em cena e que ela achou prazeroso assisti-lá.






Achei a cena muito confusa os objetos e fotos espalhados pela sala como elementos cênicos não tinham um propósito, estavam lá por estar e em nenhum momento vi um elo de ligação entre os trabalhos, em cada canto da sala aconteceram ações e tudo foi muito fragmentado uma ação acontecia e não levava a outra.

Rodolpho me fez ri com sua imitação de Jô Soares (sua alma capturada) e conseguiu chamar a atenção de toda a turma, só se perdeu um pouco na hora das piadas, mas está valendo.






Ele fechou todos os seus trabalhos em um único formato "O programa do Jô", tudo acontecia ali dentro, ele inicia como Jô apresentando o "roteiro" do programa e esses são seus trabalhos, uma sacada e tanto!


Diego usou apenas um foco de luz e um cigarro, uma cena dramatica ao extremo e que ao final da aula foi chamada sua atenção por usar o drama em suas apresentações e nunca sair dessa redoma e por colocar nas falas o que já está carimbado na cena como a pobreza do mendigo, e só lembrando ninguém falou de carimbos na minha cena, foi da Diego que falaram isso, pois nunca disse "pulei feito uma macaca".


A colagem era nítida e vi todos os seus trabalhos na cena e os que não reconheci foi por que nem todos tiveram a chance de mostrar as figuras (paisagem e criatura) e sua alma capturada.

A cena do Gilson seguia um raciocínio estranho, mais foi uma cena limpa, bem amarrada, suas colagens iam além do consciente, um personagem dormia e sonhava com um outro trabalho, isso tudo com uma narrativa bem louca, foi chamada sua atenção pelo corpo que apresenta em seus trabalhos ser sempre o mesmo.

Gilson desculpe não ter fotos da sua cena, fiquei sem carga.
Daisy pediu para a Wlad para apresentar sua cena na próxima aula, o motivo não sei mas Wlad aceitou.

01 de junho de 2009, 13ª aula - primeiro dia de apresentações.

NERVOSO.

Antes da aula:
Fui falar com Claudio de Mello para pedir dispensa da monitoria devido ao trabalho, ele concorda e eu corro para começar a me caracterizar como Rita, entro no banheiro e deixo a porta aberta, começo a maquiar-me e lá fora está Aninha a olhar-me, ela sem se dar conta entra no banheiro masculino para falar comigo só que tem um senhor usando um desses urinol que fica fora das cabines dos vasos, quando ela entra olha o homem e grita e não sendo o bastante me da uma tapa nas costas e sai correndo - ela é louca!-.
Sai do banheiro já com a maquiagem pronta e com a bermuda que é figurino do mendigo que fica debaixo do vestido. Para meu desespero todos tem dificuldades de identificar o que é a maquiagem, as pessoas perguntavam se era um rato, coelho, um "X- man". Meu Deus o que será da minha cena? Ana disse que se eu espalhasse a parte dos pelos do macaco ajudaria, creio que as pessoas sentiram mais dificuldades depois dela espalhar, borrar a maquiagem então comecei a dizer que era um macaco, e todos começaram a perceber que de fato era um macaco - ou apenas concordavam por causa da minha expressão de desespero estar exageradamente visível-.

Quando entrei na sala Carlos estava quase louco preparando sua cena, iria usar tudo o que podia, luz, som, projetor, incenso entre outras coisas, nesse momento percebi o arrependimento chegar por não ter tido a paciência ou reservado um tempo para preparar com maior zelo minha cena.


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O Primeiro a apresentar sua cena foi o Allison, ele preparou toda a sua cena tentando não ser agressivo (tinha conversado com ele antes) mas mesmo o seu lado mais sutil é agressivo. Ele fazia suas trocas de personagens passando por traz da "cortina" e um personagem chamava o outro e ficavam em cena num período de tempo muito curto, Allison de alguma forma conseguiu mostrar um novo corpo, era um personagem, mas ainda faltava muito para ser uma apresentação com elementos limpos







Pequeno trecho da apresentação do Allison.



Ana veio logo em seguida, sua apresentação começou com a musica de natal que ela havia cantado em sala, em seguida foi se transformando em tensão pura, Ana tinha no corpo uns movimentos estranhos que mostravam agonia ou medo e de fundo uns ruídos que lembravam sons de carros, para ser mais preciso o trânsito ou caos da cidade, ela ia guardando objetos que tinha espalhado pela sala em uma mala e acabou por tirar a própria roupa e guarda-las na mala ficando nua. Sua proposta deixou todos extasiados, não pela nudez, mas pela expressividade de caos que tinha em sua cena.




Ana no começo de sua apresentação .




Carlos foi o próximo e sua cena como comentei antes tinha de tudo, só não percebi em alguns momentos as colagens, mas a cena teve proporções gigantescas, vejam um trecho no vídeo abaixo da cena dele.


Carlos teve muito trabalho, mas o produto final ficou muito bom e tenho certeza que todos acharam divertidíssima a cena da sua alma capturada (inicio do vídeo acima).

Cleice apresentou por partes e as costuras ficaram estranhas, ela começou com uma mulher curvada e vestida com uma roupa colorida falando em um dialeto inventado para cena creio, e tinha um incenso na mão tentando defumar as pessoas sempre falando com uma "agressividade contida".
Depois as roupas coloridas foram trocadas por roupas pretas, um novo personagem entrava em cena, uma mulher que chamava por uma criança para que viesse ver outras brincando de roda cantando a música "Quanta laranja madura meu bem, que cor são elas...", ela começava a dançar e pular cantando a música como se tivesse entrado na brincadeira e em seguida ela mostrava sua alma capturada uma mulher que se maquiava toda e fazia charme sentada em uma cadeira.





Chegou minha vez...

Depois de ter assistido as primeiras cenas não queria por nada apresentar a minha. Prefiro nem comentar ela aqui, já descrevi o processo e acho que é suficiente para que quem vier a ler este blog a entenda, o cometário que recebi de quem me avalia não foi tão satisfatório e o que tenho a dizer e que essas criticas me atormentam até hoje e sei que atormentará sempre pois se tenho uma receita que sempre uso por saber que funciona, nunca a li ou se quer a percebi, mas e isso, estou na escola e se errei foi no lugar onde posso errar. Não sei se um dia eu vou agradecer a professora Wlad, hoje eu só sei que preciso de um tempo para pensar em tudo o que ela disse e fazer disso um desafio futuro.

Algumas imagens da minha cena:






Karla apresentou algo simples e objetivo uma cadeira e um foco de luz foram usados em sua cena. Tudo foi fragmentado em sua cena e colados por partes, começa narrado sua história e num certo ponto parava e já estava fazendo uma parte da coreografia e interpretando a mulher sedutora do primeiro trabalho e assim seguiu sua cena. Como disse antes simples e objetivo.




Michel mostrou um trabalho diferente, uma ideia nova. Michel usou um foco de luz como símbolo para um mostrar um terraço onde uma figura estranha virava um litro de cachaça na boca e estava prestes a se jogar lá de cima, acho que foi um dos melhores trabalhos da noite. Senti tenção e desespero enquanto Michel progredia em sua cena sem falar nas colagens de seus trabalhos que estavam visível.





Luciano chegou na metade da aula com toda uma parafernalha para usar em sua cena, Wlad disse que ele não poderia chegar na metade da aula e querer apresentar, seria o primeiro da próxima aula.